Terminei a graduação, e agora?
- Ronei Machado
- 18 de set. de 2016
- 2 min de leitura
Edição: Marcelo Depólo Polêto
Hoje trazemos um texto que o Ronei Machado, co-founder do Laboratório de Carreira fez especialmente para o Bioquímica Brasil. Confere aí!

Há algumas semanas, conversei com alunos de graduação de diferentes cursos sobre as suas dificuldades para a entrada no mercado de trabalho. Acabei concordando que a situação do nosso país não é das mais favoráveis para inserção no mundo corporativo, mas quando questionei sobre a experiência de participar de um processo seletivo, algumas coisas me chamaram muita atenção e resolvi compartilhar com vocês:
1) A grande maioria dos alunos enviaram o Curriculum lattes para o processo seletivo:
Devido a extensa jornada acadêmica destes alunos (alguns com mais de 10 anos dentro da academia), alguns submetem o Curriculum lattes para se candidatar as vagas no processo seletivo. Muito provavelmente, os currículos envidados por estes candidatos foram descartados na primeira triagem e não chegaram a ser avaliados para uma possível entrevista. O Curriculum lattes é um compilado da tua trajetória acadêmica e não serve para qualquer processo seletivo! Caso você não saiba montar um currículo, existem diversos modelos na internet e alguns livros que falam especificamente sobre este assunto. Aqui vai uma dica: vale a pena investir um tempo e talvez algum pequeno recurso financeiro para montar um currículo matador. Caso você ainda se sinta inseguro para montar sozinho o currículo, a ajuda de um profissional como um coaching de carreira, por exemplo, é muito bem-vinda
2) Na hora da entrevista, os candidatos não sabiam o que fazer:
É nesta hora que o seu talento, seu carisma, seu potencial e todo o impacto positivo que você pode causar para ser contratado devem aparecer. É o momento da sua apresentação, da sua “venda”. Mas antes de tudo é importante saber o que o entrevistador analisa, o que de fato ele quer extrair de você. Todo o entrevistador sempre avalia o quão alinhado com a vaga e com a empresa você está. Uma entrevista não busca somente encontrar o melhor candidato, mas o candidato mais adequado para a função.
#PS: Informe-se sobre a empresa e o mercado onde ela está inserida, assim como a área para a qual você quer ser contratado. Procure amigos ou conhecidos que trabalham ou trabalharam na empresa. É muito importante você saber a cultura e os valores da empresa para não ter grandes surpresas quando for selecionado.
3) Mais da metade dos candidatos desistiram antes de acabar o processo seletivo:
Não faça isso!!! Se você começou um processo seletivo, vá até o final da jornada. E o mais importante de tudo, preste muita atenção no feedback do entrevistador. A sua avaliação de desempenho fará você identificar, diagnosticar e avaliar o que está faltando na sua estratégia e corrigir a rota, caso você não tenha sido aprovado no processo seletivo. Atualmente, o feedback é uma das ferramentas de gestão de pessoas mais utilizadas nas empresas, com foco em resultados rápidos e eficientes. Quando feito correntemente, ele tem um objetivo muito claro: traçar um plano de desenvolvimento para o funcionário da empresa. Então, no final da entrevista, ouça o feedback do entrevistador, mesmo que o resultado do processo seletivo não tenha sido o que você esperava. Talvez, o próximo, será!
por Ronei Machado, co-founder do Laboratório de Carreira
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