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Folha-Beta: Um novo tratamento para a dependência da cocaína

  • Larissa Araújo
  • 1 de out. de 2018
  • 2 min de leitura

Figura 1:https://www.cesargaleano.com/vacina-contra-a-cocaina/

O uso da cocaína é um problema de saúde pública, ainda mais nos dias atuai. O seu princípio ativo provém da planta Erythroxylon coca, na qual a folha passa por duas fases de extração até se obter o produto final. É uma substância ilícita e atua diretamente no sistema nervoso central, causando instantaneamente sensação de bem estar e euforia. Assim, são nessas sensações “boas” que se encontra o perigo da dependência, pois no intuito de sentir novamente esses prazeres torna-se recorrente o uso dessa substância.


Nesse âmbito, um grupo de pesquisadores brasileiros do Departamento de Química, da Escola de Farmácia e da Faculdade de Medicina da UFMG desenvolveu uma vacina anticocaína para auxiliar no tratamento da dependência dessa substância. O princípio da vacina é obter um composto com propriedade imunogênica, ou seja, uma molécula que seja capaz de se ligar à cocaína e induzir o sistema imunológico a produzir anticorpos, tendo em vista que a cocaína não é identificada pelo sistema imune.


Atualmente, o período de teste em roedores já foi finalizado e foram obtidos resultados satisfatórios. Foi possível identificar que uma quantidade menor da droga chegava ao cérebro dos animais vacinados quando comparado ao grupo controle. Assim, o próximo passo é realizar os testes em primatas a fim de avaliar a toxicidade e segurança da vacina. Caso todos os resultados continuem satisfatórios, os testes clínicos passam para a última fase, na qual os testados são os humanos. Somente após passar por todos os testes a vacina pode, então, ser comercializada.


Um dos pontos de destaque que foi enfatizado pelos pesquisadores é o fato da vacina não ser produzida em plataformas proteicas, e sim por moléculas orgânicas sintetizadas totalmente em laboratório. Essa diferença contribui para o seu armazenamento, que pode ser em temperatura ambiente, tornando-a mais barata e fácil de ser produzida.


Portanto, o impacto que essa vacina pode causar é de extrema importância no contexto social em que vivemos, já que uma grande porcentagem da população sofre diretamente com o problema desse vício ou possui familiares que passam por essa situação. Entretanto, é fundamental destacar que essa vacina não é a solução para o complexo problema social que essa substância causa nos dias de hoje, mas apenas uma alternativa de tratamento para sua dependência.



 

Larissa Araújo

Membro do Centro Acadêmico de Bioquímica da UFV

Laris.c.araujo@gmail.com

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